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Democracia corre risco como no período nazista, diz Lula

Durante encontro em Santiago, Lula afirmou que o extremismo atual ameaça a democracia como nos tempos da ascensão de Hitler e defendeu ações urgentes e multilaterais para conter a onda antidemocrática.

Por: Redação 24h News MS
22/07/2025 às 05h04
Democracia corre risco como no período nazista, diz Lula
Lula discursa ao lado do presidente chileno durante evento internacional em Santiago (Foto - Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou a atual onda de extremismo político com o cenário vivido pela Alemanha na década de 1930, quando o Partido Nazista ganhou força e levou Adolf Hitler ao poder.

“A democracia corre risco com o extremismo, como ocorreu na fundação do Partido Nazista. O que nós queremos é democracia com respeito à diversidade, ao pensamento ideológico e à cultura de cada país”, afirmou Lula ao lado do presidente chileno Gabriel Boric.

A declaração foi dada durante a reunião de alto nível sobre defesa da democracia, realizada na capital do Chile com presença dos líderes da Colômbia, Espanha e Uruguai. O evento reuniu também representantes da sociedade civil, do meio acadêmico e especialistas em políticas públicas.

Entre os temas abordados estavam a defesa da democracia e do multilateralismo, o combate às desigualdades e o enfrentamento à desinformação.

Ao fim do encontro, os presidentes divulgaram uma declaração conjunta, reafirmando compromissos em defesa dos princípios democráticos e propondo medidas como:

  • Promoção de um multilateralismo inclusivo e participativo

  • Reforma do sistema de governança global

  • Fortalecimento da diplomacia democrática baseada em cooperação e justiça social

  • Compromisso com a paz e os direitos humanos

Lula também comentou o clima tenso no comércio internacional, especialmente após novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo ele, ainda não há guerra tarifária, mas alertou que a situação pode se agravar.

“Guerra tarifária vai começar na hora que eu der resposta ao Trump, se ele não mudar de opinião. Mas acredito numa solução negociada e os empresários precisam agir”, declarou.

O presidente brasileiro ressaltou que confia nas ações conduzidas pelo Ministério das Relações Exteriores e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. “Antes dos governos, os empresários precisam conversar entre si. Quem vai sofrer com isso são os próprios empresários”, completou.

A reunião no Chile dá sequência ao encontro promovido por Lula e Pedro Sánchez em setembro de 2024, em Nova York. A próxima etapa será em setembro de 2025, durante a 80ª Assembleia Geral da ONU, com previsão de participação de líderes do México, Inglaterra, Canadá, Austrália, África do Sul e outros países.

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